QUINTA, 28/06/2018, 19:17

Justiça autoriza exumação do corpo de mulher encontrada morta em prédio no centro de Londrina

A suspeita do Ministério Público é de intoxicação por medicamentos.

A justiça autorizou a exumação do corpo de Olga Aparecida dos Santos, encontrada morta em um prédio no centro da cidade no último domingo. O pedido foi feito pela promotora Suzana de Lacerda, da Vara Maria da Penha. A suspeita é de intoxicação por medicamentos. A viatura do Instituto Médico Legal chegou ao cemitério particular, que fica na região oeste, no final da manhã desta quinta-feira. Foi retirada uma parte do aparelho digestivo da vítima para exame toxicológico, como explica o chefe do IML Londrina, Antonio Carlos de Queiroz.

O resultado das perícias realizadas desde domingo fica pronto nesta sexta-feira. Apenas o exame toxicológico será feito em Curitiba, na Divisão de Laboratórios do IML. Além da amostra colhida na exumação do corpo foram enviadas para a capital, peças de vestuário e uma arma branca com manchas de sangue.
Também estiveram no local, os advogados de defesa da família da vítima e dos acusados pelo crime. Segundo Marcelo Gaya, que defende o marido de Olga, Luiz Reis Garcia, de 65 anos e os três familiares chegou a pedir que não fosse feita a exumação do corpo. Mas, como não teve resposta judicial a tempo, acompanharam o exame.

A delegada da mulher Gianne Timóteo, responsável pela investigação do caso, também acompanhou a exumação.

O principal acusado, Luiz Reis Garcia, marido de Olga teve a prisão em flagrante substituída pela prisão preventiva, mas vai ficar em prisão domiciliar e usar tornozeleira eletrônica, por conta dos problemas de saúde e do uso de medicamento continuado. Garcia está proibido de sair de casa sem autorização da justiça, além de não poder se aproximar do local do crime. 
De acordo com a polícia, Olga foi encontrada morta em um prédio na rua Mato Grosso, com cinco facadas no abdômen, uma na perna e uma no antebraço. O que, segundo a Polícia Militar, que esteve na cena do crime, mostra que ela teria tentado se defender dos golpes. No apartamento, ainda de acordo com a PM, foram encontrados produtos de limpeza usados para tentar esconder marcas de sangue. No dia do crime, foram apreendidos duas facas, um martelo, uma chave de fendas e um celular.
Amaury Luiz Garcia, irmão de Luiz Garcia, também teve a liberdade provisória concedida, por não ter antecedentes criminais, e vai ter que se apresentar mensalmente à justiça para informar endereço, além de também não poder se aproximar da cena do crime. O filho dele, Cleverton Luiz Garcia, também foi liberado pela justiça e assim como o pai vai ter que se apresentar à justiça mensalmente, além de não poder se aproximar do apartamento.

Por Claudia Lima

Comentários