TERCA, 28/01/2025, 10:14

Justiça decreta prisão preventiva de advogado denunciado por associação criminosa e tráfico de drogas em Cornélio Procópio

Segundo investigação da Operação Brutus, do Ministério Público, ele simulava atendimentos a presos para repassar drogas e celulares

A Justiça decretou a prisão preventiva de um advogado investigado na Operação Brutus, que apura atuação de associação criminosa envolvida com tráfico de drogas a partir de unidades prisionais de Cornélio Procópio.

A decisão pela preventiva foi expedida pela Vara Criminal de Cornélio Procópio na última sexta-feira (24), data em que também foi recebida pelo Juízo a denúncia oferecida pela 2ª Promotoria de Justiça da Comarca contra o advogado e outras 14 pessoas também investigadas pelos fatos.

A investigação teve início em maio do ano passado, quando foi analisado o conteúdo de um celular apreendido pela Polícia Penal em uma revista na Cadeia Pública de Cornélio Procópio. Neste aparelho estava a comprovação de que os presos simulavam atendimentos jurídicos com o advogado para receberem drogas, fumo e aparelhos de telefone celular – itens que eram comercializados no interior do estabelecimento prisional.

O promotor de justiça Guilherme Franchi da Silva Santos detalha as investigações, e também como a ação criminosa acontecia.

O advogado estava preso temporariamente desde novembro de 2024; a ordem de prisão e as demais diligências foram acompanhadas por representantes da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).

Entre os denunciados, que responderão pelos crimes de associação criminosa, tráfico de drogas e favorecimento real impróprio, estão, além do advogado, os presos relacionados aos fatos e alguns familiares também com envolvimento nos crimes (geralmente responsáveis pelos pagamentos ao advogado).

Segundo o MP, o nome da operação faz alusão à expressão supostamente dita pelo ditador romano Júlio César, no momento de seu assassinato, ao seu filho adotivo Marco Bruto e é amplamente utilizada para significar a inesperada traição de alguém próximo. No caso, a referência é ao advogado, que traiu seu o juramento ético para supostamente cometer crimes.

Por Rafael Sanchez

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