SEXTA, 15/03/2019, 11:12

Justiça determina o bloqueio R$ 1,3 milhão de bens do prefeito de Rolândia

Além dele, mais sete pessoas e quatro empresas também tiveram os bens barrados judicialmente. Todos investigados na operação Patrocínio

O juiz Marcos Rogério César Rocha, da Vara da Fazenda Pública, tornou indisponível parcialmente, os bens de quatro empresas e oito pessoas investigadas na Operação Patrocínio, deflagrada pelo Ministério Público (MP) em setembro do ano passado. Na lista, prefeito de Rolândia, Luiz Francisconi Neto, que teve mais de R$ 1,3 milhão bloqueados pela justiça. O promotor Renato de Lima Castro, coordenador do Gepatria (Grupo Especializado na Proteção ao Patrimônio Público e no Combate à Improbidade Administrativa) afirma que a indisponibilidade é importante para que seja assegurada a devolução de dinheiro aos cofres públicos em caso de condenação.

Ao todo são R$ 14 milhões barrados judicialmente. O juiz entendeu que "são fartos os indícios de responsabilidade dos acusados, sobretudo porque os acordos de delação premiada, revelam, ao menos em sede de cognição superficial, própria deste momento processual, fundados indicativos de que houve, de fato, conluio entre os réus para a prática de fraude do procedimento licitatório da concessão de uso de bem público mediante o pagamento de valores indevidos, vulgo propina". O promotor afirma que as investigações mostram que houve participação de todos em prol de enriquecimento ilícito.

Os promotores do Grupo Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e o Gepatria chegaram a pedir um novo afastamento de Francisconi do cargo e o monitoramento por tornozeleira eletrônica. Mas, a solicitação não foi aceita pelo juiz. Ele voltou à prefeitura em fevereiro, por decisão do Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR). O MP promete recorrer da decisão.

O Ministério Público investiga um suposto esquema de pagamento de propina ao chefe do executivo rolandense em troca de benefício de empresas. Além do prefeito, empresários, servidores e ex-secretários municipal já foram indiciados por 35 crimes.

A reportagem tentou contato com Francisconi, mas ele não atendeu às nossas ligações.

 

Por Claudia Lima

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