TERCA, 14/08/2018, 19:07

Justiça Eleitoral determina que WhatsApp e Facebook suspendam compartilhamento e excluam vídeo com críticas a Ratinho Júnior

Operadora de telefonia confirma que diretor Administrativo Financeiro da Celepar é o dono de uma das linhas que distribuiu o conteúdo pelas redes sociais.

Na decisão, em caráter liminar, a Juíza Graciane Lemos, atendeu o pedido do partido de Ratinho Júnior, o PSD, e intimou o Whats App e o Facebook a suspender o compartilhamento e a exclusão imediata de um vídeo que circulava pelo aplicativo e fazia críticas ao candidato. A magistrada também determina que as operadoras de telefone identifiquem os proprietários de três linhas que distribuíram o conteúdo.

A denúncia foi feita à Justiça eleitoral pelo Comitê contra “fake news” criado pelo candidato ao Governo do Estado. Na decisão, a Juíza afirma que o conteúdo do vídeo ultrapassa as críticas próprias do debate eleitoral, indo além dos limites do aceitável e da liberdade de expressão.

A magistrada diz ainda na liminar que o conteúdo do vídeo foi, no mínimo, distorcido e apresentado de forma a ridicularizar e desqualificar o candidato. A juíza determina ainda que o aplicativo identifique o usuário que originalmente veiculou o vídeo e forneça o IP e os dias e horas dos acessos.

Em uma correspondência eletrônica enviada à Justiça Eleitoral na tarde desta segunda-feira, a Operadora TIM identificou duas das linhas como sendo da empresa. Uma delas, pré-paga, é de propriedade de Giovani Antônio Soares de Brito, que em uma rápida pesquisa no Portal do Governo do Estado, a reportagem da CBN Londrina descobriu ser o diretor administrativo financeiro da Celepar, a Companhia de Tecnologia de Informação e Comunicação do Estado.

A Assessoria de Comunicação do Governo do Estado informou, em nota, que o funcionário teria compartilhado as notícias pelo telefone particular e fora do horário de expediente e que irá responder por suas atitudes. E que o servidor exerce suas funções normalmente e com qualidade. A assessoria conclui a nota afirmando que todos os servidores foram orientados sobre as proibições do período eleitoral e que qualquer desvio dentro do horário de trabalho será punido.

Já a assessoria da Celepar, informou que divulgaria uma nota sobre o caso, mas até o fechamento da reportagem não recebemos nenhum comunicado.

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