O ex-diretor-geral do campus da UTFPR de Cornélio Procópio, Devanil Antônio Francisco, foi liberado pela justiça. Preso desde terça-feira, acusado de integrar um esquema que fraudava processos licitatórios na instituição.

O advogado Mário Barbosa, que defende o ex-diretor-geral, diz que chegou a pedir a revogação da prisão temporária, mas ela foi negada pelo juiz em um primeiro momento. Barbosa avalia que os argumentos usados na audiência de custódia, acabaram pesando para a decisão do magistrado.

Dos 20 presos na terça-feira, 16 foram soltos horas depois da prisão, no início da manhã. A própria Polícia Federal pediu à justiça a liberação. Segundo os delegados que conduzem a Operação, eles não oferecem risco à investigação. O Ministério Público Federal acompanhou o entendimento da PF e se posicionou pelo fim da prisão temporária.

O advogado diz a justiça não determinou nenhuma medida cautelar para o cliente, como uso de tornozeleira eletrônica ou restrição de deslocamento, por exemplo.  Mesma situação dos outros 16 liberados na terça-feira.

Além do ex-diretor-geral da UTFPR, também foram soltos e vão responder o processo em liberdade, o ex-diretor de Administração e Planejamento da instituição, Sandro Rogério de Almeida, e dois empresários investigados pela Operação.

A Operação 14 Bis investiga desvios de cerca de R$ 5,7 milhões em contratos da UTFPR de Cornélio Procópio e cumpriu 20 mandados de prisão temporária e 25 de busca e apreensão em quatro cidades. As investigações duraram mais de dois anos e apontaram desvios em vinte contratos com empresas de manutenção das mais diversas áreas, entre outras. Foram apreendidos pela Polícia Federal até o momento, jóias, barcos, carros de luxo, US$ 27 mil em dinheiro, além de documentos.