TERCA, 30/04/2024, 12:32

Leiloeiro público cobrava propina para direcionar certames judiciais em Londrina

De acordo com investigação do Gaeco, pelo menos dez veículos e um imóvel em Santa Catarina foram arrematados dentro desse esquema fraudulento. No caso do imóvel, leilão foi vencido por funcionária do investigado, que depois recebeu procuração dela para ficar com o bem leiloado

O promotor Leandro Antunes, do Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado (Gaeco), em Londrina, concedeu uma entrevista coletiva nesta terça-feira (30) para repassar detalhes da Operação Arremate, realizada para desbaratar um suposto esquema de fraudes em leilões realizados pela Justiça na cidade. De acordo com ele, o esquema era chefiado por um leiloeiro público, que cobrava propina para fazer o direcionamento dos certames. Pelo menos 10 veículos e um imóvel localizado em Santa Catarina teriam sido leiloados dentro desse esquema, conforme destacou o promotor.

Em alguns casos, segundo Antunes, o leiloeiro teria feito o direcionamento para familiares e uma funcionária, que arrematavam os bens nos leilões com os menores valores possíveis. No caso da funcionária, ela teria arrematado o imóvel catarinense e depois feito uma procuração repassando todos os direitos do bem em questão para o próprio leiloeiro.

A operação cumpriu cinco mandados de busca e apreensão, um deles na casa de um policial civil que, segundo o promotor, teria sido beneficiado pelo leiloeiro no certame de um carro.
O investigado vai responder por corrupção, fraude, falsidade ideológica e lavagem de dinheiro. O leiloeiro não foi preso, mas o promotor não descarta a possibilidade de pedir a prisão dele ao longo da investigação, que deve ganhar novos elementos a partir de agora, com a realização da operação.

Por Guilherme Batista

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