QUARTA, 10/08/2022, 17:03

Líder de organização criminosa investigada pela Operação Modo Avião, da Polícia Federal, é preso tentando fugir para o Paraguai

Ao todo, as equipes cumpriram dois mandados de prisão e outros 56 de busca e apreensão contra quadrilha que teria movimentado quase R$ 2 bilhões com o contrabando e a venda de produtos eletrônicos em Londrina.

A Polícia Federal divulgou nesta quarta-feira (10) o resultado final da Operação Modo Avião que, na terça (9), desbaratou uma organização criminosa que teria movimentado cifras bilionárias com o contrabando e a venda de produtos eletrônicos. Mais de 300 agentes, entre policiais federais e fiscais da Receita Federal, foram às ruas em Londrina e em cidades de São Paulo e do Ceará para o cumprimento de 56 mandados de busca e apreensão. Também foram expedidos mandados de prisão contra os dois líderes da quadrilha. Um deles foi detido em casa, em um condomínio de luxo de Londrina. O outro, segundo a PF, foi capturado na região de Foz do Iguaçu, já na fronteira, tentando fugir para o Paraguai.

A operação apreendeu veículos e objetos de luxo, uma grande quantia em dinheiro vivo e dois caminhões cheios de celulares sem origem fiscal. A carga apreendida foi avaliada em mais de R$ 2,5 milhões.

A operação também apreendeu documentos, celulares e computadores. O material deve passar por uma análise minuciosa a partir de agora, o que deve render desdobramentos às investigações.

Após a venda dos eletrônicos contrabandeados, segundo a PF, a organização criminosa se utilizava de empresas de fachada, abertas no nome de “laranjas”, para a lavagem do dinheiro obtido de forma ilegal. A quadrilha teria movimentado quase R$ 2 bilhões nos últimos anos. Mais de R$ 400 milhões teriam sido sonegados pelo grupo, conforme destacou o delegado da Receita Federal em Londrina, Reginaldo Cezar Cardoso.

Parte dos mandados foi cumprido pelas equipes em treze lojas do Camelódromo de Londrina. Os locais foram lacrados pela polícia, mas o espaço, que conta com mais de 300 estabelecimentos, continua funcionando normalmente, na esquina das ruas Sergipe e Mato Grosso, no centro da cidade. A administração do Camelódromo foi avisada pela polícia sobre o cumprimento dos mandados judiciais e, inclusive, acompanhou o trabalho das equipes. A associação que representa os vendedores destaca que a operação focou em uma parte pequena das lojas, e que os demais comerciantes não podem pagar pelo erro de alguns.

Por Guilherme Batista

Comentários