A Prefeitura de Londrina firmou um protocolo de intenções com o Centro Técnico para a Redução do Risco de Desastres, Sustentabilidade e Resiliência Urbana (DiMSUR), sediado em Moçambique. A iniciativa tem como foco a aplicação de Soluções Baseadas na Natureza (SbN) para fortalecer a resiliência das bacias hidrográficas da cidade.

Criado em 2013, o DiMSUR atua em países africanos como Moçambique, Madagascar, Malawi e União das Comores, em parceria com o Programa das Nações Unidas para Assentamentos Humanos (ONU-Habitat). O centro acumula experiência internacional em gestão de riscos, adaptação às mudanças climáticas e resiliência urbana, especialmente em questões ligadas à água, seja escassez, seja excesso, como enchentes.

De acordo com o secretário municipal de Planejamento, Orçamento e Tecnologia, Marcos Rambalducci, a parceria deve promover a busca por soluções integradas em três dimensões: ambiental, econômica e social.

O protocolo prevê ainda a criação de um Grupo de Trabalho que começa a  se reunir nesta sexta-feira (3) . Esse espaço servirá para planejar ações, alinhar metodologias e possibilitar novas parcerias futuras, ampliando o alcance do projeto.

Em Londrina, a cooperação vai direcionar esforços para a proteção e revitalização de seis bacias hidrográficas: Jacutinga, Lindóia, Cambezinho, Limoeiro, Cafezal e Três Bocas. No primeiro momento, os trabalhos terão prioridade nos ribeirões Lindóia, que abastecem os lagos Cabrinha e Norte, e Cambé, responsável pelo abastecimento dos lagos Igapó.

A meta é transformar áreas hoje afetadas pelo descarte irregular de resíduos em ativos ambientais capazes de gerar preservação, lazer e até mesmo oportunidades de renda.

Além do DiMSUR, participam do acordo a Secretaria de Estado da Inovação e Inteligência Artificial (SEIA), a Universidade Estadual de Londrina (UEL), a Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR) e o Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR), instituições que vão contribuir com conhecimento técnico e científico.