Mães e motoristas de vans protestam pela volta às aulas, em sistema híbrido, em Londrina.
Eles fizeram carreata pelas principais avenidas da cidade e pararam em frente ao condomínio do prefeito para apresentar os argumentos.
Aproximadamente 400 veículos participaram da carreata. Famílias e motoristas de vans exibiram cartazes reforçando que Educação é essencial. Também levaram bexigas e fizeram buzinaço. A manifestação é liderada pelos grupos “Mães pela educação” e “Mães em ação”. Elas reclamam das negativas do prefeito de ouvi-las e decidiram ir até o condomínio onde Marcelo Belinati mora apresentar as reivindicações, usando um alto-falante. As mães questionam a postura do prefeito de não seguir as recomendações do Coesp para restringir outras atividades onde ocorrem aglomerações, inclusive de pessoas sem máscara, e penaliza apenas a educação, afirma Samara Galete, do Mães pela educação.
O prefeito adiou para o dia 28 de fevereiro a data de retorno das aulas em sistema híbrido para todas as instituições de ensino do município. Os grupos temem que, no fim do mês, Marcelo Belinati adie novamente o prazo, trazendo prejuízo para as famílias e para todos os que dependem das escolas.
O motorista de van Cícero Leal, relata que passou um ano terrível. Ele tem 73 anos e ainda trabalha dirigindo uma van escolar para complementar o valor da aposentadoria. Ele espera que o prefeito forneça logo as vacinas para que pessoas como ele possam voltar a trabalhar.
Aniele Rodrigues tem dois filhos que estudam na rede pública. A caçula, de 09 anos tem deficiência auditiva, o que exigiu que a arquiteta abrisse mão do trabalho em meio período para acompanhar as aulas remotas da filha. Apesar de todos os esforços da família e da escola, o processo tem sido ineficiente e estressante.
Aniele aproveita para criticar as pessoas irresponsáveis que estão fazendo o coronavírus se propagar e dificultando ainda mais a volta às aulas para as famílias que precisam.
Por enquanto a prefeitura liberou apenas atendimento presencial individualizado para crianças com dificuldade na aprendizagem.
REPÓRTER LIVIA DE OLIVEIRA