Mais um réu da operação ZR3 é solto em Londrina
O empresário Luiz Guilherme Alho vai ser monitorado por tornozeleira eletrônica por 90 dias e tem que cumprir medidas cautelares impostas pela justiça. Ele é acusado de intermediar o pagamento de propina entre empresários, servidores e vereadores.
O empresário Luiz Guilherme Alho, um dos réus da operação ZR3, teve a prisão revogada pela justiça. Ele estava preso em casa desde março. O advogado Luciano Molina afirma que a decisão do juiz Délcio Miranda da Rocha, da 2ª Vara Criminal de Londrina tem a mesma justificativa da soltura, na semana passada, de dois outros acusados na operação. A ZR3 investiga um suposto esquema de corrupção para mudanças de zoneamento de áreas na cidade.
O reús Ossamu Kaminagakura, servidor público e o empresário Vander Mendes deixaram a prisão e estão sendo monitorados pela justiça. Alho também usará tornozeleira eletrônica por 90 dias e terá que cumprir algumas medidas cautelares, como não se ausentar da cidade por mais de sete dias sem autorização judicial. Ele também não pode ficar fora de casa das 21h às 6h, inclusive nos feriados e finais de semana; não pode ter contato com os demais investigados e testemunhas. Alho também tem que comunicar ao Centro de Reintegração Social de Londrina (Creslon) eventual mudança de endereço e sempre que for requisitado pela justiça, tem que comparecer.
Antes de ir para prisão domiciliar, Alho estava preso na Penitenciária Estadual de Londrina (PEL I). A transferência ocorreu devido problemas de saúde. Ele foi preso em janeiro, quando foi e encontrada, pela polícia, uma quantia de R$ 296 mil em espécie, o que para o Ministério Público, era dinheiro de propina.
De acordo com o MP, o membro do Conselho Municipal das Cidades (CMC) intermediava o contato entre empresários, servidores e os vereadores afastados Mario Takahashi e Rony Alves, para facilitar o processo de troca de zoneamento de áreas.