Ainda faltam três meses para o fim do ano, mas pais e mães já podem ir preparando o bolso para 2026, já que as escolas particulares devem reajustar as mensalidades para o próximo ano letivo.

O aumento médio deve ser de 9,8% em 2026, valor maior que o dobro da inflação estimada para 2025, de 4,83%, segundo dados do Banco Central.

De acordo com Maria Antônia Fantaussi, presidente do Sinepe/NPR (Sindicato das Escolas Particulares do Norte do Paraná), que possui em sua base de associados cerca de 90 escolas de Londrina e região, este é um aumento necessário para cobrir todos os custos de manutenção das instituições de ensino.

A projeção foi realizada com base em uma pesquisa que envolveu 308 unidades de ensino privadas espalhadas pelo Brasil.

Entre os principais fatores que explicam o aumento estão: a inflação acumulada nos últimos meses, investimentos em novos programas educacionais, reajustes salariais de professores e funcionários e a recuperação das perdas financeiras e aumento da inadimplência pós-pandemia.
Tornando-se impossível fugir da inflação, as recomendações para as famílias estão nas possibilidades de negociação individual, especialmente para alunos com bom desempenho ou famílias com mais de um filho. Além, é claro, da busca de um diálogo com a escola para descontos ou planos de pagamento diferenciados.
Vale ressaltar que o reajuste anual é regulamentado por lei, exigindo que as instituições de ensino comprovem os custos anualmente por meio de uma planilha detalhada ou uma análise financeira completa.