QUARTA, 09/06/2021, 19:06

Mercado de trabalho mais concorrido exige novas habilidades de profissionais com mais de 40 anos, avalia economista

Segundo José Martins, conhecimento digital e disposição para aprender são aspectos importantes para quem procura novas oportunidades.

Diante das diversas mudanças no mercado de trabalho, com o avanço tecnológico no ambiente profissional, e também o crescimento acelerado da população mundial, pessoas com mais de 40 anos passaram estar na mira das demissões. Recentemente, a faixa etária passou a ser a nova idade de corte nas empresas.

Um dos fatores que mais tem impulsionado transformações neste cenário é a chamada revolução 4.0, que propõe inovações digitais e tecnologias de ponta para aumentar a produtividade das companhias. Pesquisadores afirmam que a implantação destes sistemas é uma mudança de paradigma definitiva para as profissões.

Esta atualização das atividades deve alcançar diversos setores produtivos de forma rápida e impactante. Diferentemente das primeiras revoluções industriais, as novas mudanças não estão mais focadas em aspectos mecânicos, mas em processos que, antes, eram realizados apenas por humanos, como explica José Pio Martins, economista e reitor da Universidade Positivo.

Apesar dos desafios, ele acredita que a resposta para a recolocação de pessoas com mais de 40 anos no mercado de trabalho está na busca por novas qualificações e no desenvolvimento intelectual e comportamental. Segundo ele, estes são aspectos decisivos para conseguir uma nova contratação.

Martins, no entanto, destaca que a experiência continua sendo valorizada pelas empresas. Ele considera que pessoas, de qualquer idade, que se preparam para as demandas dos próximos anos, podem encontrar oportunidades mesmo em um panorama de mudanças drásticas no ambiente profissional.

Mesmo com oportunidades mais acirradas para profissionais acima dos 40 anos, o economista afirma que o público mais afetado pela taxa de desemprego continua sendo a população mais jovem, recém-formada e com pouca atuação no mercado. Ainda assim, Martins reforça que a especialização é uma ferramenta importante para se destacar.

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