Ministério Público pede indisponibilidade de bens de Guardas Municipais, acusados de ficar com dinheiro apreendido em operação
A promotoria pede também a devolução do dinheiro e pagamento de multa.
O promotor Ricardo Benvenhu, da promotoria de Defesa do Patrimônio Público de Londrina entrou com uma ação pedindo a condenação por improbidade administrativa de 13 guardas municipais. Eles são acusados de desviar parte do dinheiro apreendido durante uma operação em novembro de 2018 na zona sul da cidade.
A promotoria pede também a indisponibilidade de bens de oito dos GMs com o objetivo de ressarcir o erário público.
Isso totaliza o valor de R$ 2,4 milhões.
De acordo com o Ministério Público (MP), além da indisponibilidade de bens, os acusados precisam devolver R$ 640 mil com correção inflacionária e ainda pagar uma multa referente a três vezes do valor do dano.
Na época, dentro do carro, ainda de acordo com a polícia, havia R$ 1,5 milhão, mas foram entregues somente R$ 860 mil no plantão, o que gerou desconfiança por parte do delegado. O restante foi rateado entre os GMs. Logo depois do ocorrido, cinco guardas municipais, que participaram da abordagem, devolveram a quantia de R$ 20 mil à Polícia Civil, que investiga o caso.
Todos os envolvidos foram exonerados dos cargos em julho deste ano, depois de responderem por um processo administrativo disciplinar.
O promotor Ricardo Benvenhu não gravou entrevista porque entrou em recesso de fim de ano nesta quarta-feira. A reportagem não conseguiu contato com a defesa dos guardas acusados.