Ministério Público pede que creches atendam determinação de 60% de funcionamento
Sindicatos patronal e laboral oficializam proposta à Prefeitura de Londrina
O Ministério Público convidou membros dos sindicatos patronal e laboral das creches de Londrina para uma reunião na manhã desta sexta-feira (16) para entender os motivos da greve, que começou na última terça-feira (13).
Depois de quase duas horas de reunião, a portas fechadas, que contou com secretários da prefeitura, ficou determinado, segundo a Promotora do MP, Susana Lacerda, que a paralisação é legítima, mas que as creches devem atender à recomendação de 60% de funcionamento do efetivo de professoras em cada unidade.
O Secretário de Gestão Pública, Leonardo Carneiro, que também participou da reunião, reiterou que, para ele, a greve é ilegal e que vai interpelar uma ação junto ao Tribunal de Justiça.
Depois do fim da reunião com o MP, representantes dos sindicatos patronal e laboral se reuniram para elaborar uma proposta que já foi enviada para a Prefeitura. De acordo com o presidente do Sinpro, André Cunha, essa proposta projeta um aumento gradual de 35% até 2027.
O sindicato vai atender à recomendação do MP de ter um efetivo de 60% em cada unidade a partir de segunda-feira (19). Será organizado como vai funcionar o atendimento, mas, segundo o Sinpro, haverá escala de trabalho e os bebês dos berçários terão uma atenção especial.
A categoria de professoras de creches filantrópicas representa cerca de 1.400 profissionais, que atendem aproximadamente 8 mil crianças em Londrina.