As mortes em confrontos com policiais militares no Paraná, no primeiro semestre de 2020, chegaram a 184. Uma única morte foi causada por guarda municipal de Curitiba e não houve mortes em confrontos com policiais civis. O número representa aumento de 13,58% em relação ao mesmo período do ano passado, quando ocorreram 162 mortes. Os dados foram divulgados pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado do Ministério Público do Paraná, que tem entre suas funções o controle externo da atividade policial.

Em Londrina foram 29 mortes nos confrontos com a policia militar de janeiro a julho contra 25 óbitos em igual período de 2019, alta de 16% neste tipo de registro.   Nos dados estatísticos a cidade fica atrás apenas da capital Curitiba onde ocorreram 48 mortes no primeiro semestre de 2020.  Em terceira posição está São José dos Pinhais com 14 mortes. A cidade de Foz do Iguaçu que faz fronteira com Paraguai e Argentina traz dados bem menores com 6 mortes. Maringá e Cascavel, por exemplo, não entram na estatística.  

Segundo o coordenador do Gaeco no Paraná, o procurador de Justiça Leonir Batisti, a Policia Militar informou que o período da pandemia permitiu uma abordagem policial mais rápida que resultou em confronto com grupos criminosos.

O controle estatístico das mortes em confrontos policiais pelo Gaeco faz parte de estratégia institucional com o objetivo de contribuir para diminuir a letalidade das abordagens conduzidas pela polícia. Segundo Batisti, o Ministério Público verifica caso a caso se os protocolos foram cumpridos ou se houve excesso.

As investigações do Ministério Público sobre as mortes em confronto são feitas em parceria com a Policia Civil e Científica do Estado.