SEXTA, 08/04/2022, 19:08

Muito mais do que uma aposta no futuro

Uma das mais importantes feiras agropecuárias do país, a Expo Londrina, já colhe os frutos de um ecossistema de inovação, com startups e foodtechs, totalmente voltado para o agronegócio.

Os shows de sertanejo e rodeios sempre fizeram parte da Expo Londrina. Os negócios voltados ao agro também, com as grandes empresas aproveitando o evento para lançar as novidades em máquinas e equipamentos agrícolas. Mas nos últimos anos, antes mesmo da pandemia, a Exposição deu uma guinada e passou a se mover em outra direção: a inovação e as tecnologias aplicadas ao agronegócio.

O Challenge Smart Agro, por exemplo, é um espaço para as startups que estão começando participarem de rodadas de negócios, mentorias e workshops com grandes players. Um esquenta para o grande evento de tecnologia da feira: o Hackathon Smart Agro. Uma maratona de desenvolvimento de projetos que transformem ideias em soluções digitais acessíveis.

E para fazer esse ecossistema de inovação crescer foi criada uma rede em que pessoas, empresas e entidades locais se conectaram em torno de uma governança, a AgroValley.

Entre todas as novidades da Expo Londrina desse ano, Daiana Bisognin, coordenadora da governança, destaca as chamadas foodtechs, startups que vão muito além dos aplicativos de entrega de comida, e atuam principalmente no desenvolvimento de novas tecnologias para todo o setor alimentício.

Um dos grandes apoiadores desse ecossistema de inovação de Londrina, desde o início, tem sido o Sebrae. Lucas Ferreira, coordenador estratégico do órgão, explica que todo planejamento desse polo de tecnologia do agro local começou há cinco anos, com a união de diversas entidades.

São dez setores estratégicos, que se reúnem semanalmente para avaliar a evolução de cada um deles dentro do ecossistema.

E uma das primeiras startups a fazer parte desse Hub de tecnologia do agronegócio foi a Tracepack, especializada na Gestão de Máquinas Agrícolas.

Renan Salvador, diz que a ideia surgiu da experiência dele e dos dois sócios, todos engenheiros de uma multinacional, que viram no agro uma grande oportunidade de colocar em prática todos os projetos do grupo.

Hoje, Londrina e região somam 52 Startups Agritechs, com quase metade delas já faturando com as soluções entregues aos clientes. E a ideia é fazer da cidade um polo internacional do segmento até 2030.

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