As duas mulheres que denunciaram um policial militar por estupro em janeiro deste ano fizeram o devido reconhecimento do acusado durante uma videoconferência autorizada pela Justiça na sexta-feira (17). A informação foi confirmada à CBN nesta segunda (20) pelo advogado das vítimas, Mauro Martins. As mulheres, que estão em situação de rua, afirmam ter sido violentadas pelo agente dentro de um mocó na rua Belém, na área central de Londrina. Imagens de câmera de segurança obtidas pela investigação mostram o homem, fardado, entrando e saindo do espaço nos dias dos supostos abusos. O policial também foi denunciado por importunação sexual por uma terceira mulher. Ele foi preso no final de janeiro e segue detido em um presídio militar na região de Curitiba. Por conta da distância com Londrina, o reconhecimento precisou ser feito por meio de uma videoconferência.

A pedido da defesa das mulheres, a Justiça também autorizou a coleta de material genético do policial que, agora, segundo o advogado, vai ser comparado com o que foi recolhido junto às vítimas após as denúncias.

Martins disse ainda que finaliza uma ação por danos morais que deve ser apresentada em breve contra o Estado. Apesar de o policial ter agido fora do expediente, segundo o advogado, ele estava fardado no momento da abordagem das mulheres.

A defesa do policial deve se manifestar apenas em juízo.