Operação Imperium do Gaeco denuncia dez policiais civis por participação em esquema de jogos de azar
Sete deles, segundo o Ministério Público, teriam aceitado e recebido propina mesmo quando estavam presos, por outros crimes, dentro de uma delegacia de Curitiba.
A quinta fase da Operação Imperium investiga uma organização criminosa voltada à exploração de jogos de azar e que tinha a participação de policiais civis. A denúncia, oferecida à Vara Criminal de Ibiporã, narra a participação de 10 investigadores da Polícia Civil na organização criminosa. Sete deles, segundo o MP, teriam aceitado e recebido propina mesmo quando estavam presos por outros crimes, por decisão da 3ª Vara Criminal de Londrina.
Segundo as investigações, um dos envolvidos, o empresário do ramo de jogos ilegais, Jefferson Goes, teria organizado e financiado até um churrasco para os policiais civis presos dentro da carceragem da Delegacia de Furtos e Roubos de Curitiba. A denúncia traz, inclusive, fotos desses encontros.
O coordenador do Gaeco em Londrina, promotor Jorge Barreto, afirma que toda a documentação, materiais e equipamentos apreendidos formam um conjunto de provas robusto e levaram à denúncia dos dez policiais, do empresário Jefferson Goes e de outros quatro envolvidos no suposto esquema.
A reportagem da CBN Londrina também teve acesso a outros detalhes da investigação, como mensagens de aplicativo que demonstrariam, inclusive, pagamentos feitos aos policiais civis denunciados.
Em um dos áudios que fazem parte da denúncia e que também tivemos acesso, um dos policiais presos e Jefferson Goes, discutem o pagamento de mais uma propina e demonstram que houve desacertos dentro do grupo na hora da divisão do dinheiro.
O Gaeco também suspeita de que houve vazamento de informações sobre a realização de operações da Polícia Civil e até que alguns dos denunciados também investiram dinheiro na exploração dos jogos de azar.