A pandemia de coronavírus fez disparar o número de presos com tornozeleiras eletrônicas no norte do estado. Atualmente, de acordo com dados do Depen, que é o Departamento Penitenciário do Paraná, 2.050 detentos estão sob o monitoramento eletrônico em Londrina e região. Em alguns momentos da pandemia, esse número chegou a 2.350. São presos que conseguiram sair graças a recomendações médicas, que levaram em conta os perigos da Covid-19 em ambientes fechados, e também que cometeram crimes de menor potencial ofensivo, como furtos e tráfico de drogas, e, por isso, podem responder às acusações no regime semiaberto.

Quem usa tornozeleira eletrônica pode trabalhar, mas precisa estar em casa, todos os dias, até as 21h. O preso monitorado também é impedido de viajar para outras cidades, e de sair de casa aos sábados, domingos e feriados.

Até agora, em 2021, 4.197 tornozeleiras foram instaladas pelo Depen em Londrina e região, sendo que 204 delas foram rompidas ou perdidas pelos presos, que, conforme o coordenador regional do Departamento Penitenciário, Reginaldo Peixoto, voltaram imediatamente a responder aos crimes em regime fechado.

Peixoto também defendeu o uso das tornozeleiras como forma de reintegrar os presos à sociedade, mas garantiu tolerância zero contra aqueles que querem se aproveitar do benefício para burlar o sistema.