SEGUNDA, 07/01/2019, 07:36

Para Codel e Acil, possível privatização do Aeroporto de Londrina não pode colocar em risco processo de desapropriação e melhorias já prometidas pela Infraero

Projeto de ampliação da pista do terminal, pra instalação do tão esperado ILS, ainda depende da conclusão das desapropriações, que, atualmente, estão travadas na Justiça.

Entidades como a Associação Comercial e Industrial de Londrina, e a Codel, o Instituto de Desenvolvimento da prefeitura, veem com receio as declarações do governador Ratinho Júnior sobre a possível privatização do Aeroporto Governador José Richa. Na última semana, o novo chefe do Executivo Estadual afirmou que, inclusive, já conversou com o ministro da Fazenda, Paulo Guedes, sobre a possibilidade de o Governo do Estado receber da União as concessões dos aeroportos de Londrina e de Foz do Iguaçu, que atualmente são geridos pela Infraero, para, assim, dar andamento à discussão sobre a privatização dos terminais.

Procurado pela CBN, o presidente da Acil, Fernando de Moraes, disse, apenas, que essa possível mudança precisa ser acompanhada de perto pela sociedade civil organizada. De acordo com ele, a privatização não pode comprometer as melhorias já prometidas pela Infraero para o aeroporto depois que a prefeitura terminar as desapropriações dos terrenos que ficam localizados no entorno do terminal.

O processo é resultado de quase 20 anos de muitas discussões e reivindicações. As melhorias para o aeroporto, a mais importante delas a instalação do tão esperado ILS, também é uma das principais bandeiras levantadas pela rádio CBN Londrina.

O presidente da Codel, Bruno Ubiratan, também destaca que o anúncio do governo não pode colocar em risco todo o trabalho feito até agora. Segundo ele, já foram investidos mais de 50 milhões de reais na desapropriação de cerca de cem terrenos. A aquisição dos seis últimos, entretanto, ainda está travada na Justiça.

Só depois disso a Infraero vai poder dar andamento às obras de ampliação da pista, para, consequentemente, instalar o ILS. O aparelho é essencial para pousos e decolagens de aeronaves em dias de chuva forte e nevoeiro. Atualmente, o terminal sempre fecha as portas quando há condições adversas de tempo. Ubiratan garante que, apesar do rumor sobre a privatização, os trabalhos vão continuar.

Por Guilherme Batista

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