SEGUNDA, 11/05/2020, 19:50

Paraná tem aumento de mais de 18% nas mortes em domicílio

Desde março, quando começou a pandemia, quase 30% dos óbitos registrados no estado ocorreram na residência da pessoa.

Os dados são dos cartórios de todo o Paraná e mostram que quase 30% das mortes registradas desde o dia 16 de março no estado, quando foi detectado o primeiro óbito por COVID-19 no país, ocorreram na casa da pessoa.  Os dados fazem parte de um novo módulo do Portal da Transparência do Registro Civil, que mostra ainda que, em comparação com o mesmo período de 2019, de 16 de março a 30 de abril, o aumento do número de mortes registradas nos domicílios do Paraná foi de mais de 18%.

A presidente do Irpen, Instituto de Registro Civil de Pessoas Naturais do Paraná, Elizabete Vedovatto, diz que os cartórios vivem hoje uma realidade totalmente diferente da de poucos meses atrás e que diante da grande quantidade de declarações de óbito sem confirmação da causa da morte, muitos casos não estão sendo registrados nas estatísticas da Covid-19.

O problema é que poucos familiares fazem essa retificação da causa da morte. A presidente do Irpen diz ainda que as mortes em domicílio são mais comuns nessa época do ano, mas não no percentual registrado agora, de 30%.

De acordo com os dados do Portal, também houve aumento do número mortes em casa por Pneumonia, Insuficiência Respiratória, Septicemia, causas Indeterminas e por causas naturais. Em 2019, a soma deles chegou a 1.767 óbitos e agora em 2020 passou para 2.085, um aumento de quase 18%.

Segundo Elizabete Vedovatto, o crescimento, nesse caso, também chamou a atenção de quem trabalha na área.

Entre os estados brasileiros, comparando-se o total de mortes em domicílio no mesmo período de 2019 e agora de 2020, o Amazonas registrou o maior aumento, quase 150%.

O Instituto do Registro Civil das Pessoas Naturais do Paraná reúne 515 cartórios distribuídos pelos 399 municípios do estado.

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