QUARTA, 08/12/2021, 10:26

Paraná tem segundo maior saldo de empregos na indústria do país em outubro

Resultados dos setores alimentício, de confecções, madeira e máquinas e equipamentos puxaram alta do mês e no acumulado do ano

De acordo com os dados divulgados pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados, o Caged, o estado registrou em outubro o segundo maior saldo de vagas do país, com pouco mais de 3.700 novos postos criados, atrás apenas do Rio Grande do Sul, que teve saldo de 4.800 vagas no mês. A alta em relação a setembro, quando foram abertos 3.100 postos, foi de quase 19%. Das 24 atividades analisadas, apenas quatro tiveram performance abaixo do esperado em outubro. 

Na avaliação mensal e na acumulada de janeiro a outubro, os setores de alimentos, confecções e vestuário, madeira, máquinas e equipamentos foram os que mais abriram vagas na indústria paranaense. O segmento alimentício liderou o ranking mensal com 995 novos postos, seguido por confecções, com 664. O setor automotivo foi o que mais demitiu, com 283 vagas a menos em outubro. 

Segundo o economista da Federação das Indústrias, Thiago Quadros, o retrato do ano foi bem parecido ao desempenho do mês. Dos pouco mais de 48.000 postos criados entre janeiro e outubro, o setor de alimentos teve saldo de 7.357 vagas, seguido de perto por confecções e vestuário, com 7.113. De acordo com o economista da Fiep, a alta na criação de postos pelo segmento alimentício teve a ajuda de alguns fatores, entre eles a alta do dólar. 

Na comparação entre outubro deste ano e o mesmo mês de 2020, o resultado é uma queda de 53% nos empregos da indústria paranaense. Apesar disso, o economista diz que em outubro do ano passado o mercado ainda estava repondo as perdas do início da pandemia. 

Segundo Thiago Quadros, os números da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios, a PNAD, divulgada trimestralmente pelo IBGE, mostram uma redução no desemprego, mas ela está mais atrelada à retomada do trabalho informal do que à criação de vagas com carteira assinada.

Outro fator, segundo o economista da Fiep, que impede a recuperação mais rápida do emprego no país é a escassez de mão de obra qualificada para alguns setores mais exigentes da indústria. Se falta capacitação à altura das vagas, a taxa de desemprego no mercado formal cresce, limitando a capacidade de produção nas indústrias e o crescimento da atividade econômica.

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