SEGUNDA, 08/11/2021, 18:25

Paranaense fecha outubro ainda mais endividado

Por outro lado, percentual dos que afirmaram não ter condições de pagar o débito registrou queda entre setembro e o mês passado.

A Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor da Fecomércio apurou que quase 90% das famílias paranaenses possuíam algum tipo de dívida em outubro. O aumento foi de 0,6% em relação a setembro. O crescimento mais expressivo ocorreu nas famílias de maior poder aquisitivo, que passou de 92,8% em setembro para 95,8% em outubro. Já entre as de menor renda, o endividamento ficou praticamente estável, 88,6% em setembro e 88,7% no mês passado.

O coordenador de Desenvolvimento Empresarial da Fecomércio, Rodrigo Schmidt, afirma que o cartão de crédito continua sendo o campeão do endividamento no estado e foi responsável por mais de 73% das dívidas dos paranaenses em outubro, seguido pelo financiamento de veículo, com pouco mais de 13%, e pelo financiamento imobiliário, com 8,5%.

Schmidt diz ainda que os números do estado vêm seguindo a tendência do país, que viu o endividamento passar de 74% em setembro para 74,6% em outubro.

De acordo com a Fecomércio, situação mais positiva que a atual só tinha sido registrada há mais de oito anos, em junho de 2013, quando 18,7% dos consumidores estavam com contas atrasadas, e em agosto do mesmo ano, quando 6,7% dos paranaenses afirmaram não ter como pagar as dívidas.

O coordenador da Fecomércio diz que apesar do aumento no volume de dívidas, a pesquisa mostrou uma queda de 20,6% para 19,3% nas contas em atraso, entre outubro e setembro. Mesma situação das famílias que afirmaram não ter condições de pagar a dívida, que também registrou queda de 7,4% para 6,9% entre os dois meses, o que segundo Schmidt revela uma maior organização financeira dos consumidores.

Em média, o tempo de atraso no pagamento das dívidas foi de 62 dias em outubro. Mas, quase metade dos endividados, pouco mais de 46%, já podem ser considerados inadimplentes porque estão sem pagar a conta há mais de 90 dias. Ainda de acordo com a pesquisa, a maior parte dos entrevistados, quase 79%, tem até metade do salário comprometido com as dívidas.

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