SEGUNDA, 27/01/2020, 19:17

Parentes de presas denunciam maus tratos no 3º Distrito Policial

Familiares dizem que, entre outras coisas, elas tiveram a quantidade de água para beber reduzida e estão sem poder falar com os advogados.

A denúncia chegou ao Centro de Diretos Humanos de Londrina na tarde desta segunda-feira. Segundo parentes de presas do 3º Distrito, que se transformou em carceragem feminina há pouco mais de dois anos, utensílios de cozinha foram apreendidos, a quantidade de água para beber reduzida, e as detentas estariam inclusive proibidas de conversarem com os advogados, entre outras situações, afirma o coordenador do Centro de Direitos Humanos de Londrina, Carlos Henrique Santana.

Os problemas no 3º Distrito são antigos. Em meados de 2017, o Governo anunciou o fim do atendimento à população e a unidade passou a ser apenas carceragem feminina. A mudança, segundo a Polícia Civil, foi para garantir a segurança de quem precisava fazer um Boletim de Ocorrência, já que naquela época, a superlotação do espaço, com 36 vagas e que tinha quase 60 mulheres, já era um problema.

Sobre uma possível relação entre a rebelião na PEL 1, que começou no início da noite de sábado após um pente fino nas celas da penitenciária, e só terminou na madrugada de domingo, e as denúncias no 3º Disitrito, o coordenador do Centro de Direitos Humanos diz não ter como afirmar isso, mas cita outra situação ocorrida na delegacia de Cambé no fim de semana.

Na rebelião do fim de semana na Penitenciária Estadual de Londrina, um agente penitenciário chegou a ser feito refém durante as seis horas de negociação. Não conseguimos contato com o delegado-chefe da Polícia Civil Osmir Neves.

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