QUARTA, 06/09/2017, 19:36

Pesquisadora da UEL recebe Prêmio por estudo sobre um tipo de infecção em suínos

O prêmio foi entregue no Salão Internacional de Avicultura e Suinocultura, o maior evento do setor no país.

A médica veterinária e pesquisadora da UEL Raquel Arruda Leme foi a vencedora da edição 2017 do Prêmio de Pesquisa Aplicável da Associação Brasileira de Proteína Animal. O prêmio tem como objetivo principal incentivar a pesquisa voltada para a aplicabilidade no cotidiano do agronegócio. 

O prêmio foi entregue no Salão Internacional de Avicultura e Suinocultura, realizado na capital paulista. Médica Veterinária formada pela UEL em 2002, Raquel Leme tem Mestrado e Doutorado pelo Programa de Pós-Graduação em Ciência Animal da mesma Instituição. Atualmente a professora é bolsista de Pós-Doutorado Júnior pelo CNPq.

Raquel Leme explica que venceu o prêmio com o estudo “Desenvolvimento de plataforma de diagnóstico para identificação e monitoramento de uma infecção antes exótica em suínos brasileiros: avanços nos estudos sobre o Senecavirus A”.

Raquel Leme acredita que o estudo representa um marco para o setor por mostrar a capacidade de diagnosticar rapidamente um agente infeccioso exótico. A pesquisadora explica que ainda não se sabe como o Senecavirus entrou no país. Mas uma coisa é certa: os primeiros registros ocorreram a partir de 2014. Em 2015, a infecção vesicular causada pelo vírus se disseminou entre rebanhos de suínos brasileiros. A pesquisadora explica que os primeiros registros da doença ocorreram a partir de 2014. Mas, a professora explica que ainda não se sabe como o Senecavirus A entrou no país.

Com a vitória na premiação, a pesquisadora foi convidada a acompanhar a comitiva da Associação em uma de suas missões internacionais. Raquel Leme diz que nos animais adultos, a doença tem sintomas parecidos à febre aftosa, o que representa um problema para toda uma cadeia de produção de carnes, pela imposição de barreiras sanitárias ao país. A professora diz que a importância do estudo está justamente na descoberta de que a doença que ocorreu no país não foi febre aftosa. 

O Salão Internacional de Avicultura e Suinocultura é o maior evento do setor do Brasil. Mais de 15 mil visitantes e 151 expositores de dezenas de países participaram do Salão, entre produtores, diretores de empresas, gerentes, técnicos e especialistas do setor. No evento foram realizados negócios internacionais da ordem US$ 19 milhões.

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