Dois meses e meio após o incêndio que destruiu 56 ônibus na garagem TCGL (Transporte Coletivos Grande Londrina), a Polícia Científica finalizou a perícia e concluiu que a ação humana provocou o fogo, ou seja, o incêndio ocorrido no dia 15 de novembro de 2021 foi criminoso.

De acordo com o diretor da Polícia Cientifica de Londrina, Luciano Bucharles, foram descartadas causas como combustão espontânea, faíscas mecânicas ou algum curto circuito nos ônibus. Por isso, a conclusão da perícia por ação criminosa e o laudo foi encaminhado para o delegado do 5º Distrito Policial, Jayme José de Souza Filho, que conduz o inquérito para identificar os responsáveis.

Para chegar à conclusão, primeiro foi definido um raio de investigação. Imagens externas do alto de edifícios mostram os cinco primeiros consumidos pelo fogo. Nestes veículos foram feitos exames físicos, análises de documentos sobre o histórico dos ônibus e das vistorias feitas pela empresa, além de análises de exames de condutores elétricos.

As imagens feitas por imóveis da vizinhança não mostram vândalos pulando o muro de 3 metros e meio que cercam a garagem da TCGL na Avenida Tietê. Segundo Bucharles, câmeras internas e demais ônibus que estavam no pátio também não teriam revelado ações suspeitas de colaboradores da empresa.

Apesar da grande destruição, ninguém ficou ferido no incêndio.  A TCGL, empresa que opera 65% da frota de transporte coletivo em Londrina, não tinha seguro dos 56 veículos consumidos totalmente pelas chamas. A empresa também contratou uma perícia particular, mas o resultado não ficou pronto. A TCGL  não passou cálculo do inventário, mas a estimativa inicial é de que o prejuízo passou dos R$ 10 milhões. Em nota, a Grande Londrina, diz que a agradece o trabalho da Polícia Científica e demais autoridades nas investigações e informa que continuará aguardando o término das investigações.