SEGUNDA, 17/06/2019, 18:41

Polícia Civil abre inquérito para investigar dez médicos do HU por desvio de recursos e fraudes nos pontos

Delegado responsável pelo caso acredita que quantidade de investigações policiais em andamento no hospital revela falta de controle para evitar fraudes.

Em março, uma operação da Divisão de Combate à Corrupção tinha descoberto um esquema de superfaturamento e desvio de recursos em contratos inexistentes. As investigações começaram em outubro de 2017, depois de denúncias do Tribunal de Contas. A servidora Lucélia Pires Ferreira, de 56 anos, encontrada morta em uma represa de Porecatu, em outubro do ano passado, também participaria das fraudes.

O delegado Thiago Vicentini diz que com o início dessa investigação, novos fatos foram surgindo e motivaram a abertura desse outro inquérito. Nele, os dez médicos, que também são professores da UEL, são suspeitos de receberam duplamente, como servidores públicos e como profissionais contratados por uma terceirizada.

Segundo o delegado Thiago Vicentini, todos os dez profissionais são investigados pelos crimes de peculato e falsidade ideológica, por fraudar os registros de cartões ponto.  Detalhe, os horários de trabalho no HU e na empresa seriam os mesmos.

O delegado afirma que a investigação ainda está na fase inicial. Nesta terça-feira deve ser ouvida a primeira testemunha do inquérito, o auditor do HU, Sérgio Manabe, que vem colaborando com as investigações. Na sequência, provavelmente na semana que vem, devem ser ouvidos os dez médicos.

Thiago Vicentini afirma que a direção do Hospital Universitário vem colaborando com as investigações, mas avalia também que a instituição deveria ter mecanismos de controle mais efetivos, que evitassem fraudes como as descobertas até agora.

Segundo o delegado, mais um inquérito deve ser aberto em breve. Agora para apurar a conduta de outro médico do HU, em uma fraude semelhante. No caso dos contratos superfaturados, que deve ter o inquérito concluído até julho, o delegado diz que o valor desviado passa de R$ 1 milhão. A investigação, que apura a morte de Lucélia Pires Ferreira ainda não foi concluída.

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