O delegado-chefe da 10ª Subdivisão Policial, Fernando Amarantino, anunciou, na tarde desta quinta-feira, o início da “Operação Vida nos Bairros”. A ação conjunta vai reunir Guarda Municipal, Polícia Civil, PM e Polícia Penal, e, de acordo com o delegado, tem como foco a redução do número de homicídios na cidade.

Segundo a nota distribuída, o detalhamento das atividades planejadas pelas forças de segurança para os próximos meses será feito, nesta sexta-feira, na sede do 5º Batalhão da PM. Ainda de acordo com a nota da Polícia Civil, a maioria dos homicídios dolosos registrados em Londrina, esse ano, está relacionada ao tráfico de drogas.

Na primeira semana de agosto, a Secretaria de Segurança Pública divulgou um balanço dos crimes registrados em todo o estado no primeiro semestre, entre eles os homicídios. E os números da Sesp mostraram um aumento de 20% na quantidade desse tipo de crime, em Londrina, de um ano para outro. Foram 34 assassinatos nos seis primeiros meses de 2022, contra 41 no mesmo período de 2023. A cidade resgistrou ainda um feminicídio.

Na terça-feira da semana passada, em entrevista ao repórter Guilherme Batista, o delegado de Homicídios, João Reis, informou que, entre abril e julho, pelo menos oito pessoas tinham sido assassinadas em Londrina, no que seria uma "guerra" entre facções, pelo controle de pontos de venda de drogas.

A informação foi dada logo a prisão de Yuri Ferreira Ramos, segundo a Polícia, uma das figuras centrais dessa guerra. De acordo com as investigações, o rapaz é acusado de assassinar dois desafetos a tiros na zona norte: Deivid de Souza, em julho, no jardim São Jorge; e Kauan de Matos, numa barbearia da avenida Saul Elkind, um mês antes.

A alta nos homicídios em Londrina vai na direção oposta dos números do Paraná no primeiro semestre. No caso do estado, a queda registrada foi de quase 9%.