SEGUNDA, 25/07/2022, 16:39

Polícia Civil conclui inquérito sobre morte de estudante durante briga na saída de colégio em Apucarana; nenhum adolescente envolvido na confusão foi responsabilizado

Investigação sugere que o aluno morreu por conta de um mal súbito e não devido às agressões. Família da vítima contesta versão.

A Polícia Civil concluiu o inquérito sobre a morte de Alekson Ricardo Kongeski, de 13 anos, registrada durante uma briga na saída de um colégio cívico-militar em Apucarana, no norte do Paraná, no dia 20 de junho. Na época, o estudante sofreu uma parada cardiorrespiratória durante uma confusão protagonizada por ele e outros cinco adolescentes. Alekson chegou a ser atendido pelo Samu, mas faleceu a caminho do hospital.

Durante a investigação do caso, o delegado Felipe Ribeiro Rodrigues ouviu 16 pessoas, entre elas os adolescentes envolvidos, familiares e conhecidos da vítima e testemunhas. Ele também considerou a perícia preliminar do Instituto Médico Legal (IML), que não encontrou marcas de agressões no corpo de Alekson. Por conta disso, nenhum adolescente envolvido na briga foi responsabilizado pela morte do estudante, que, segundo a polícia, morreu após sofrer um mau súbito.

A versão, confirmada agora com a conclusão do inquérito, já tinha sido detalhada pelo delegado à CBN no mês passado.

Nós voltamos a procurar o delegado nesta segunda-feira (25), mas recebemos, em resposta, uma nota da Polícia Civil sobre a conclusão do inquérito. No comunicado, o órgão confirma que o ato infracional foi apurado levando em conta todas as evidências do caso, e que, a princípio, “a morte não se deu por decorrência das agressões” sofridas pelo adolescente. A polícia lembra que “laudos complementares estão em andamento para comprovar a causa da morte, desconhecida até o momento”, e que, dependendo do resultado dos exames, a investigação pode ser reaberta.

A versão de que Alekson morreu por conta de um mal súbito sempre foi contestada pelos familiares do adolescente. Os parentes confirmam que o menino sofria de problemas de saúde, mas argumentam que se ele não tivesse sido agredido, muito possivelmente não teria passado mal e, consequentemente, perdido a vida.

Por Guilherme Batista

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