A terceira etapa da Operação Expresso foi deflagrada, na manhã desta sexta-feira (4), e teve como alvo uma organização criminosa investigada pela prática de fraudes fiscais. Ao todo, 15 mandados foram cumpridos.

As ações desta sexta (4) ocorreram em Londrina, Sertanópolis e em Porto Rico, no Paraná, como também nos municípios de Colatina e Guaçuí, no estado do Espírito Santo.

A força-tarefa contou com a participação da Polícia Civil do Paraná (PCPR), da Receita Federal, Receita Estadual, como também do Ministério Público do Paraná (MPPR), Polícia Científica e, ainda, a Polícia Civil do Espírito Santo (PCES).

As investigações apontaram para um esquema de sonegação fiscal e emissão de notas falsas, ligadas à compra e venda de grãos de café que viriam de outros estados. O Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), por exemplo, não estaria sendo recolhido, como explica Reginaldo Cardoso, delegado da Receita Federal, em Londrina.

A estimativa feita pela Receita Federal é que aproximadamente R$ 200 milhões, em impostos, tenham sido sonegados pelos investigados, nesta etapa da operação. Segundo Thiago Vincentini, delegado da Divisão Estadual de Combate à Corrupção da Polícia Civil (Deccor), o esquema envolvia a utilização de empresas de fachada.

Desde o início da Operação Expresso, mais de R$ 1 bilhão em notas falsas emitidas foram identificadas. O coordenador do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), em Londrina, promotor Jorge Barreto explica que, até o momento, cerca de 90 pessoas já foram denunciadas na Justiça.

Ainda como parte da Operação Expresso, também foram cumpridos mandados em Minas Gerais, nas cidades de Varginha e Três Pontas, por meio do Ministério Público do estado, Receita Federal e Secretaria Estadual da Fazenda.