TERCA, 05/11/2019, 20:21

Polícia Civil finaliza inquérito sobre assassinato de jovem na praça Rocha Pombo

Para delegado, morte de Hannan Silva foi um caso de latrocínio, o roubo seguido de morte.

O inquérito, conduzido pelo delegado William Douglas Soares, da 10ª Subdivisão Policial, tem cinco páginas e conclui que a morte de Hannan José da Silva, de 21 anos, foi um latrocínio, o roubo seguido de morte. O crime foi registrado no dia 22 de outubro, por volta das 00h20min, na praça Rocha Pombo, área central de Londrina. Segundo a Polícia Civil, Fernando Inácio Andrade teria estrangulado o rapaz com uma corda e depois roubado seu celular.

No inquérito, o delegado cita o fato de que o corpo de Hannan foi localizado por volta das 13h do dia seguinte e que já na noite do mesmo dia, o suposto assassino foi preso em frente à biblioteca municipal, também no centro. O inquérito também destaca que as imagens fornecidas pela Guarda Municipal e uma fotografia tirada logo após o crime por policiais militares, em uma abordagem de rotina, foram indispensáveis para a identificação de Fernando.

No depoimento ao delegado William Soares, o irmão contou que Hannan trabalhava no cinema de um shopping da zona leste e tinha o hábito de, depois do trabalho, por volta das 23h, ir a pé para casa. Os familiares também afirmaram que Hannan se identificava como uma pessoa assexual, que não sentia atração sexual por homens nem mulheres, e que não estava tendo relacionamento amoroso com ninguém.

Já o suposto assassino, contou no depoimento à Polícia Civil que estava na Praça, quando Hannan se aproximou e ofereceu R$ 20,00 para fazer sexo oral. Em dado momento, segundo Fernando, os dois acabaram discutindo e brigando.

Versão contestada pela mãe de Hannan, Sônia Regina da Silva, que afirmou ao delegado que o filho sempre negou ser homossexual, e que, por isso, acredita ser mentira a versão de Fernando da oferta de dinheiro por sexo.

Outra testemunha contou que o jovem queria ser jornalista, estaria entrevistando garotos de programa e que se identificava como assexual. A família também disse que Hannan não tinha dinheiro no dia do crime e que por isso iria caminhando para trabalho.

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