No inquérito, assinado pelo delegado Jayme José de Souza Filho, foram indiciados a brasileira Adriana Maia Mota, e os colombianos César Augusto Gomez Tez, Jerson Andrés Canchon e Maritza Carlina Medina Moreno. No total, os equipamentos furtados pelo grupo na madrugada do dia 18 de julho somam aproximadamente R$ 800 mil. Os cinco aparelhos de endoscopia, dois de colonoscopia e um de duodenoscopia, além de acessórios, foram retirados de uma sala do HU, cuja porta foi arrombada pelos ladrões. Os equipamentos ainda não foram recuperados, apenas parte dos acessórios.

No inquérito, o delegado Jayme José Filho destaca que o grupo era especializado nesse tipo de instrumentos e teria agido dias antes também em Cornélio Procópio, onde furtou mais dois aparelhos de endoscopia e outro de colonoscopia, além de dois notebooks e um celular.

Foram os próprios funcionários do HU que deram as primeiras pistas sobre o grupo. O idioma espanhol e a insistência em usar os banheiros da área onde estavam os aparelhos chamaram a atenção dos servidores. As imagens dos quatro circulando no hospital por horas seguidas também ajudaram e a Polícia Civil acabou localizando o hotel onde eles teriam se hospedado em Londrina, próximo ao Terminal Rodoviário.

Bastou uma checagem dos investigadores entre as empresas de ônibus para descobrir que o grupo tinha embarcadou para Cornélio Procópio. Na cidade vizinha, os policiais apuraram também que eles tinham acabado de retirar um carro de uma oficina local. No inquérito, o delegado afirma ainda que o colombiano César Augusto Gomez Tez já era conhecido da Polícia Civil paranaense. Ele foi preso no fim de 2015, na região metropolitana de Curitiba, pelo furto de um mesmo tipo de equipamento.

O grupo também foi reconhecido pelo dono da clínica de Cornélio Procópio. A delegacia da cidade abriu outro inquérito para investigar a atuação dos quatro nos furtos ocorridos no município.