QUINTA, 17/11/2022, 08:11

Polícia conclui inquérito e indicia por homicídio duplamente qualificado motorista de caminhonete que atropelou motociclista na avenida Ayrton Senna.

Vítima chegou a ser socorrida, mas morreu no hospital dias depois. Segundo delegado, condutor usou veículo como uma arma para ferir motociclista após discussão no trânsito.

O motorista responsável por atropelar um motociclista na avenida Ayrton Senna, na zona sul de Londrina, na noite do último dia 21, foi indiciado por homicídio duplamente qualificado pela Polícia Civil. A conclusão do inquérito foi detalhada pelo delegado Edgard Soriani, responsável por investigar o caso, em entrevista coletiva nesta quarta-feira (16).

Durante as investigações, com a coleta de provas e depoimentos, foi possível confirmar, segundo o delegado, que o motorista usou a caminhonete que conduzia como uma arma para ferir o motociclista depois de uma discussão no trânsito. Ele teria jogado o veículo de forma proposital para cima da vítima, que morreu depois de passar quatro dias internada no hospital. Wilton Mitsuo Miwa tinha 51 anos e trabalhava como fotógrafo e produtor cultural na cidade. 

Depois de atropelar Miwa, o motorista, identificado como Jamildo Assis Junior, tentou fugir do local com a motocicleta enroscada embaixo da caminhonete. Ele foi seguido por outros motociclistas, que o detiveram. O empresário foi agredido e também precisou de encaminhamento para o hospital. Dentro do veículo, a polícia encontrou uma garrafa de cerveja pela metade, mas, segundo o delegado, não foi possível comprovar, durante as investigações, que ele realmente estivesse embriagado.

Durante as investigações, a polícia ouviu dez pessoas, sendo três policiais, quatro bombeiros, um familiar do motociclista e duas pessoas que presenciaram o atropelamento. O delegado citou o depoimento de uma das testemunhas oculares como o mais importante do inquérito. 

Soriani também tentou interrogar o motorista da caminhonete, mas, por meio do advogado, ele disse que só iria falar em juízo. A CBN procurou a defesa, que reiterou que só vai se manifestar nos autos do processo. Caso o Ministério Público aceite o indiciamento, o condutor pode ser denunciado criminalmente pelo homicídio e, consequentemente, ir a júri popular.

Por Guilherme Batista

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