TERCA, 12/12/2023, 10:00

Polícia Federal combate organização criminosa que cruzava o norte do Estado com contrabando de armas e drogas vindos da região de Foz do Iguaçu

Investigação, autorizada pela Justiça em Londrina, começou a partir da prisão de um homem em Cambé, que foi flagrado conduzindo um caminhão frigorífico com drogas e arsenal de armas escondidos em carga de carne suína.

A Polícia Federal deflagrou na  manhã desta terça-feira (12) em  Foz do Iguaçu e Rio de Janeiro (RJ) a Operação Impuro e cumpre dez mandados de busca e apreensão e a nove mandados de prisão preventiva que foram expedidos pela Justiça Federal aqui de Londrina.

A investigação teve início em julho de 2023 a partir da prisão de um homem em Cambé, que foi flagrado conduzindo um caminhão frigorífico com grande quantidade de armas e drogas em meio a carga de carne suína. A carga seria transportada da região de Foz do Iguaçu até o Rio de Janeiro. Na ação foram apreendidos 3380 kg de maconha e 82 armas de fogo, todas de calibre de uso restrito.

O grupo tinha esse modus operandi de dissimular as mercadorias ilícitas em meio às cargas de proteína animal lícitas, com notas fiscais, conhecimento de transporte eletrônico (CTE) e lacre, ou seja. Usava essa cadeia logística do transporte de carga dentro da lei para transportar as armas e drogas dentro de um caminhão frigorífico e remeter esse material à região Sudeste do Brasil, especialmente aos estados de São Paulo e Rio de Janeiro.

Segundo a investigação, a empresa proprietária da carga de proteína animal não tinha envolvimento com os fatos e as notas fiscais e demais documentos de transporte eram regulares.

Foram presos nesta terça-feira, o motorista, os auxiliares (carregadores e batedores), intermediários das armas e drogas, o responsável pela empresa de transporte rodoviário que realizou os fretes e um vigilante de segurança privada que forneciam acesso ao grupo criminoso para que pudessem carregar o caminhão frigorífico com armas e drogas. Um intermediário na aquisição das drogas e um vigilante não foram localizados e, a partir de agora, são considerados foragidos da Justiça.

Por Guilherme Marconi

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