QUINTA, 03/02/2022, 08:48

Polícia Federal desarticula organização criminosa que lavou 4 bilhões de reais

São cumpridos mandados de busca e apreensão e prisão em Londrina, Curitiba e cidades do litoral do Paraná, além de outros cinco estados e no Paraguai

A Polícia Federal deflagrou nesta manhã quinta-feira duas operações com o objetivo de desarticular organização criminosa que atua com a lavagem de dinheiro do tráfico de drogas.  Estão sendo cumpridos 39 mandados de busca e apreensão e 19 mandados de prisão temporária em seis Estados do país, além de 7 mandados de busca e apreensão no Paraguai.

No Paraná, são alvos residências e empresas de fachada localizadas em Curitiba, Londrina, Matinhos, Pontal do Paraná, Paranaguá e Cianorte.

A Operação Sucessão é um desdobramento da Operação Spectrum, que resultou na prisão de Luiz Carlos da Rocha mais conhecido como “Cabeça Branca”, que é um dos maiores traficantes de drogas do Brasil que fugiu da polícia por mais de 30 anos e criou patrimônio milionário. Quando morava em Londrina por volta dos anos 80, o homem era responsável pelo transporte de café ilegal para o Paraguai

            Na fase de hoje, foram cumpridas medidas judiciais  contra familiares do traficante que o auxiliaram na lavagem do dinheiro de origem ilícita. 

O delegado Daniel Martarelli da Costa, da PF de Londrina,  a Operação Fluxo Capital tem por objetivo interromper a lavagem do dinheiro feita pelos organização criminosa por meio de movimentações milionárias, com a utilização de “laranjas”, empresas de fachada e participação contadores.   Segundo ele, o controle dessa movimentação do dinheiro era feito por doleiros, donos de casas de câmbio instalados no Paraguai. O fluxo de dinheiro de origem ilícita gira na ordem de R$ 4 bilhões.

As investigações demonstraram que o grupo não se limitava à lavagem do dinheiro do traficante “Cabeça Branca”, tendo relação também com diversas outras organizações criminosas que atuam no território nacional, por isso mandados foram cumpridos em Florianópolis, São Paulo, Barueri, Dourados, Campo Grande, Cuiabá e Boa Vista.

No curso da investigação da PF foram apreendidos aproximadamente R$ 12 milhões em espécie no curso das investigações. Também foram deferidos o sequestro de imóveis, bloqueio de valores em contas bancárias, a suspensão das atividades das empresas envolvidas  e contadores investigados.

Por Guilherme Marconi

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