SEXTA, 28/10/2022, 17:56

Polícia investiga execução de narcotraficante com mais de 100 tiros em condomínio de luxo em Sertaneja, no norte do Paraná

Armados com fuzis, cerca de 15 homens encapuzados invadiram o imóvel, às margens do Paranapanema, e cometeram o crime na frente da esposa e dos filhos pequenos do homem, que era considerado um dos chefes do narcotráfico em Ponta Porã, no Mato Grosso do Sul.

A Polícia Civil de Cornélio Procópio já começou a investigar a execução brutal de Cléber Riveros Sevegoia, o Dogão, em um condomínio de luxo em Sertaneja, no norte do Paraná, na madrugada desta sexta-feira (28). De acordo com as investigações, o crime foi cometido por 15 homens encapuzados, que invadiram o local armados com fuzis e pistolas. Mais de cem tiros foram disparados contra Dogão, apontado como um dos chefes do narcotráfico em Ponta Porã, no Mato Grosso do Sul. A cidade fica na fronteira com o Paraguai. Ainda segundo a polícia, os atiradores chegaram de barco pelo rio Paranapanema, que dá margem à mansão onde o homem morava com a esposa e os dois filhos pequenos. As informações são do comandante do 18º Batalhão da Polícia Militar (PM), tenente-coronel Jeferson Busnello.

No local do crime, a perícia apreendeu dezenas de munições de fuzil 556 e cartuchos de 9 milímetros e ponto 40. Dogão morava com a família no imóvel de luxo há cerca de um mês. O valor do aluguel é de R$ 25 mil por mês. A mulher teria chegado com os filhos de caminhonete e Dogão dias depois em um avião particular. Depois dos tiros, a mulher fugiu com as crianças, mas voltou posteriormente para identificar o marido, conforme destacou o perito do Instituto de Criminalística de Londrina, José Denílson, escalado para analisar o cenário do assassinato.

Para a polícia, a mulher negou que o marido tinha envolvimento com o tráfico de drogas. A informação, no entanto, já foi desmentida pela investigação, que apura a possibilidade de o homem se utilizar do Paranapanema e também de aviões para o transporte de drogas. A execução dele, inclusive, teria sido encomendada por rivais na disputa pelo narcotráfico. A Polícia Militar chegou a realizar diligências à procura dos atiradores, mas eles seguem desaparecidos.

Por Guilherme Batista

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