Investigadores da província de Osaka, no oeste do Japão, devem vir ao Brasil nos próximos dias para apurar o desaparecimento de Anderson Robson Barbosa, de 33 anos, que, desde o final de agosto, é considerado o principal suspeito da morte da esposa e da filha de apenas 6 anos de idade. As informações são da emissora de TV japonesa NHK. Fontes ligadas à investigação informaram à estatal que os policiais poderão viajar já no próximo sábado (19). Membros da Agência Nacional de Polícia do Japão vão acompanhar os investigadores para informar as autoridades brasileiras acerca do caso.

Barbosa, que é natural de Londrina, no norte do Paraná, está sendo procurado desde a descoberta dos corpos da mulher, Aramaki Manami, e da menina Lily no apartamento onde a família morava, na cidade de Sakai. Elas apresentavam diversos ferimentos de faca. A foto do acusado, inclusive, continua no site da polícia japonesa. O nome dele faz parte de uma lista de suspeitos de crimes internacionais. Também foram divulgadas imagens de câmera de segurança que mostram o brasileiro no Aeroporto de Narita, na região da capital Tóquio, dias após a morte da esposa e da filha.

No início de setembro, os advogados de Barbosa confirmaram que ele realmente veio do Japão para o Brasil. Por meio da defesa, ele negou as acusações e disse que só fugiu porque ficou com medo de enfrentar uma investigação parcial no país asiático. A CBN tentou contato com o advogado dele nesta segunda-feira (14), mas não obteve retorno até o fechamento desta reportagem. Também não é possível dizer se Barbosa está sendo investigado pela polícia brasileira, que, pela legislação, poderia abrir um inquérito para apurar o crime cometido no Japão.

Quando o caso veio à tona, a polícia recebeu a informação de que Barbosa estaria escondido na casa de familiares na região de Londrina. A informação, no entanto, não se confirmou. O paradeiro do homem continua incerto. Os investigadores japoneses virão ao Brasil justamente para tentar levantar informações sobre a localização de Barbosa.

Vale lembrar, ainda, que não existe um tratado de extradição entre o Japão e o Brasil. Ou seja, as autoridades japonesas poderão pedir à polícia brasileira que processe criminalmente o suspeito, de acordo com as leis do país, caso ele não retorne ao Japão.

Com informações da emissora de TV japonesa NHK.