A decisão polêmica do presidente Jair Bolsonaro de suspender os radares móveis nas rodovias federais de todo o País ainda gera dúvidas.

A decisão vale apenas para rodovias federais, as estaduais e em ruas do perímetro urbano os radares móveis podem ser utilizados normalmente pelas companhias de trânsito e pela Polícia Rodoviária Estadual.

Mas no Paraná, por exemplo, algumas rodovias federais próximas de Pato Branco, são conveniadas à Polícia Rodoviária Estadual, essas permanecem com os radares móveis.

De acordo com o capitão da Polícia Rodoviária Estadual, Alessandro Luis Wolski, são mais de 2,4 mil quilômetros de rodovias estaduais no norte do estado fiscalizadas pela PRE e que tem constantes ações com radares móveis. Aqui na região as principais são PRs 445, 444 e 092.

Ainda de acordo com o Capitão Wolski, os motoristas devem se manter atentos às leis e ressalta que dados estatísticos comprovam que o excesso de velocidade é o principal causador de acidentes graves.

Lembrando que os radares fixos das rodovias federais permanecem. A medida determinada pelo presidente, vale apenas para os outros três tipos de radares existentes no país, o estático, que fica instalado em veículo parado ou em suporte apropriado; o móvel, instalado em veículo em movimento; e o portátil, que mede a velocidade direcionando o equipamento manualmente para o veículo alvo.

Dados da PRF mostram que no último balanço semestral dos acidentes nas estradas federais do Paraná, divulgado em julho desse ano, as multas por excesso de velocidade passaram de 130 mil entre janeiro e junho. Nesse mesmo balanço foram 250 mortes.