Os policiais militares envolvidos na ação que terminou na morte de dois jovens em Londrina já estão de volta ao trabalho nas ruas da cidade. Segundo a Polícia Militar (PM), eles foram afastados logo após o fato e passaram por apoio psicológico, mas agora retornam às atividades normais enquanto o inquérito que investiga o caso não é concluído.

A ação aconteceu no dia 15 de fevereiro, no Jardim Leonor, zona oeste de Londrina. Kelvin Willian Vieira dos Santos, de 16 anos, e Wender Natan da Costa, de 20, foram mortos em uma abordagem da Polícia Militar. A corporação alega que eles reagiram à abordagem. A família e os amigos não acreditam que houve confronto, e uma série de manifestações se deu como consequência da situação. Durante os protestos, houve episódios de vandalismo.

Segundo o secretário de Segurança Pública do Paraná, Coronel Hudson Teixeira, sem evidência dos abusos seria um pré-julgamento manter os policiais fora das ruas.

O inquérito instaurado pela Polícia Militar para apurar a conduta dos agentes envolvidos tem como prazo final para a conclusão este sábado (15).

As declarações foram dadas pelo Coronel Hudson na manhã desta sexta-feira (14), em Londrina. O secretário de Segurança Pública esteve na cidade para discutir com representantes das Polícias Militar e Civil os dados e a continuidade da Operação Vida, que se divide em Operação Cidade Segura e Operação Mulher Segura. Esta última será ampliada para todas as cidades paranaenses e deve ser intensificada nos 79 municípios com maior incidência de feminicídio e violência doméstica.

Londrina, de acordo com o comando da Polícia Militar no Paraná, teve redução expressiva no número de homicídios e a PM tem trazido também a Guarda Municipal para junto do combate ao crime.