A embaixada do Japão no Brasil confirmou, em nota encaminhada à CBN nesta segunda-feira (21), que funcionários da Agência Nacional de Polícia e investigadores da Polícia da Província de Osaka desembarcaram em  Brasília na noite de domingo (20) com o objetivo de discutir com as autoridades brasileiras o desaparecimento de Anderson Barbosa, de 33 anos. O homem, natural de Londrina, é acusado de matar a esposa e a filha de apenas 6 anos de idade na cidade japonesa de Sakai no final do mês de agosto deste ano.

Apesar da confirmação, a embaixada não quis repassar detalhes do que os investigadores pretendem conversar com a polícia brasileira. Como o referido caso já está sob investigação no Japão, segundo a embaixada, "não será possível fornecer mais informações ao público".

A Embaixada do Japão no Brasil também garantiu na nota que vai continuar monitorando "o progresso da investigação sobre o referido caso e fornecerá o apoio necessário para as vítimas e suas famílias enlutadas".

Barbosa está sendo procurado desde a descoberta dos corpos da mulher, Aramaki Manami, e da menina Lily no apartamento onde a família morava. Elas apresentavam diversos ferimentos de faca. A foto do acusado, inclusive, continua no site da polícia japonesa. As autoridades também pediram para que o nome dele fosse incluído na lista de procurados da Interpol, mas isso ainda não aconteceu.

No início de setembro, os advogados de Barbosa confirmaram que ele realmente veio do Japão para o Brasil. Na época, por meio da defesa, ele negou as acusações e disse que só fugiu porque ficou com medo de enfrentar uma investigação parcial no país asiático. Desde então, os advogados, sempre quando procurados, informam que não vão mais se pronunciar sobre o assunto.

Quando o caso veio à tona, a polícia recebeu a informação de que Barbosa estaria escondido na casa de familiares na região de Londrina. A informação, no entanto, não se confirmou. O paradeiro do homem continua incerto. Também não é possível se o caso é ou não investigado pela Polícia Federal brasileira. Vale lembrar que não existe um tratado de extradição entre o Japão e o Brasil. Ou seja, Barbosa até pode responder judicialmente pelos crimes cometidos no país asiático, mas o Código Penal a ser aplicado na investigação do caso será o brasileiro.