TERCA, 24/01/2023, 12:00

Policial militar suspeito de abusar sexualmente de moradoras de rua em Londrina é indiciado duas vezes por estupro e também por importunação sexual.

Inquérito já foi concluído e encaminhado ao Ministério Público. Suspeito nega as acusações.
 

A Polícia Civil concluiu nesta segunda-feira (24) o inquérito do caso do policial militar que, na última semana, foi preso de forma preventiva acusado de abusar sexualmente de mulheres em situação de rua em Londrina. Ele foi indiciado por dois crimes de estupro e também por importunação sexual. Segundo as investigações, os crimes teriam sido praticados em um mocó na rua Belém, na área central da cidade, entre 30 de dezembro do ano passado e o último dia 15. Em nota, a Polícia Civil confirmou a conclusão das investigações e disse que o inquérito já foi encaminhado ao Ministério Público (MP), que vai ficar responsável por analisar o caso e decidir se vai ou não oferecer denúncia contra o policial. Além das acusações na esfera criminal, o agente também é alvo de uma sindicância da Polícia Militar (PM). Ele segue detido em um presídio militar em Piraquara, na região metropolitana de Curitiba. Por meio do advogado, o suspeito negou as acusações e disse estar sendo vítima de uma armação do tráfico de drogas.

O delegado que cuidou do caso, William Douglas Soares, por sua vez, garantiu, em entrevista coletiva na última semana, que as provas contra o policial são robustas, e que há claros indícios de que ele realmente praticou os abusos contra as vítimas.

A defesa do policial informou que só vai voltar a se manifestar depois que receber as provas documentais e periciais do caso. Ao longo da investigação, a polícia reuniu depoimentos das vítimas, exames e também imagens de câmeras de segurança que mostram o agente, fardado, entrando e saindo do imóvel abandonado onde os casos de violência teriam sido registrados nas datas mencionadas pelas vítimas. As mulheres também contrataram um advogado, que acompanha o caso e prepara uma ação contra o Estado por danos morais.

Por Guilherme Batista

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