QUINTA, 05/07/2018, 19:30

Prazo para que famílias deixem o Residencial Flores do Campo venceu na última segunda-feira e Polícia Federal ainda articula meios para cumprir a reintegração de posse

A prefeitura de Londrina ainda não sabe para onde vão as mais de 140 famílias que estão no local.

O grupo de trabalho criado para dar uma solução as mais de 140 famílias que vivem no Residencial Flores do Campo, região norte de Londrina, ainda não tem uma saída para realocação das famílias em caso de cumprimento da reintegração de posse.

O grupo de trabalho é formado por várias entidades, entre elas a Cohab, a OAB, Ministério Público, Centro de Direitos Humanos de Londrina e Defensoria Pública da União que tem intermediado as ações na justiça.

O prazo final dado pela Justiça para que as famílias deixassem o local venceu no último dia 02, segunda-feira.

De acordo com informações do gabinete da Polícia Federal em Londrina, uma reunião entre o comando da PF e a Caixa Econômica Federal, que é a responsável pelo empreendimento, deve ser realizada em breve sem data definida. Nessa reunião vão ser elaboradas estratégias para a reintegração de posse sem que exista violência. Para a reintegração será necessária a participação da Polícia Militar e Guarda Municipal.

O Defensor Público Federal, Sérgio Oura, explica que o grupo de trabalho espera um local que a  Prefeitura liberaria para a realocação das famílias.

A Companhia de Habitação de Londrina Cohab, se manifestou por meio de nota e diz:

“A Cohab-Ld tentou, através de todas as formas legais, intermediar soluções e consenso entre as partes envolvidas, no caso os ocupantes do Residencial Flores do Campo e a Caixa Econômica Federal. Foram meses de trabalho em grupo, dos quais participaram também representantes da Defensoria Pública da União Federal, do Observatório da Gestão Pública, do Sindicato dos Jornalistas e de movimentos populares. Uma das alternativas cogitadas, de que a companhia pudesse disponibilizar área para transferência, tem impedimentos legais.  A Cohab encontra-se, portanto, impedida juridicamente de tentar resolver a questão, que em última análise, é pertencente à União Federal”.

O Residencial Flores do Campo tem mais de 1.200 moradias, a ocupação no local começou em outubro de 2016. A primeira reintegração de posse, em novembro do ano passado, acabou não ocorrendo por conta de uma decisão judicial. A justiça determinou então a saída deles até o dia 21 de fevereiro, o que também não aconteceu, depois novos prazos foram dados e a reintegração de posse pode ser feita a qualquer momento.

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