Depois de dois anos e 11 meses em tramitação na Câmara de Vereadores, a prefeitura de Londrina desistiu do projeto de lei que mexia nas horas extras dos servidores municipais, com a criação de um banco de horas e consequente alteração na forma de cálculo destas horas extras. A ideia era aumentar a jornada de trabalho de seis para oito horas diárias, reduzindo os gastos com horas extras, que chega a 40 milhões de reais por ano.

Do outro lado, o Sindicato dos Servidores temia que as alterações no estatuto provocassem perda de direitos adquiridos e afetassem o valor da hora de trabalho normal, resultando em uma enxurrada de ações trabalhistas.

Depois de ser várias vezes retirado de pauta, o projeto finalmente foi arquivado pelo município. Um levantamento do Sindiserv aponta que chega a R$ 2 milhões o valor a ser pago pela prefeitura a servidores que ganharam ações na justiça trabalhista. O diretor do Sindiserv, Fábio Molin, falou sobre a judicialização da disputa.