A Prefeitura de Londrina protocolou quatro projetos na Câmara de Vereadores pedindo autorização para contratar empréstimos junto à Fomento Paraná, ao Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE) e ao ParanaCidade que, somados, chegam a 130 milhões de reais. O recurso será utilizado nos serviços de recape asfáltico, iluminação pública em LED e na reestruturação da Sercomtel.

Para a companhia telefônica, serão emprestados 30 milhões para, segundo a prefeitura, manter a saúde financeira da empresa, que foi a leilão no início de fevereiro na Bolsa de Valores de São Paulo, mas não despertou investidores interessados. A expectativa era realizar um novo leilão em um prazo de 90 dias, o que não deve ocorrer por conta da instabilidade financeira provocada pelo avanço do Coronavírus.

Na justificativa enviada à Câmara em 17 de março, a prefeitura argumenta que o recurso servirá para manter, mesmo que de forma mínima, o regular funcionamento e operação das atividades. O Executivo reforça que, caso o projeto seja aprovado, a contratação do crédito junto à Fomento Paraná só será feita se o segundo leilão não prosperar. Vale lembrar que em junho do ano passado, quando a Câmara autorizou a desestatização da Sercomtel, também foi aprovado um projeto garantindo aporte de 7 milhões de reais para a sobrevivência da empresa até a realização do leilão, que não ocorreu.

O maior volume de empréstimos solicitados pela prefeitura será aplicado no projeto de modernização da iluminação pública da cidade. Serão adquiridos 70 milhões de reais, sendo 56 do BRDE e 14 da Fomento Paraná. O recurso será utilizado na substituição dos 34 mil postes de iluminação viários e 3 mil pontos de iluminação ornamentais, como praças, parques, canteiros e rotatória para lâmpadas de LED. Todo o serviço será administrado pela Sercomtel Iluminação.

Até o momento, a empresa já substituiu 16 mil lâmpadas em ruas e avenidas e 1,5 mil em pontos ornamentais.

O último projeto de empréstimos protocolado pela prefeitura solicita 30 milhões de reais do ParanáCidade para recuperação da malha viária em grande parte dos 2,2 mil quilômetros de asfalto existentes no município. Na justificativa do projeto, o prefeito argumenta que a malha está deteriorada pelo desgaste natural de uso e pelo efeito das fortes chuvas de verão, impactando negativamente na mobilidade urbana e desempenho das atividades econômicas.

Todos os projetos foram protocolados no dia 31 de março e ainda não têm prazo para serem analisados pelos vereadores.