O professor Laurindo Panucci Filho, acusado de matar o também professor Sérgio Ferreira dentro do campus da Universidade do Norte do Paraná, em Cornélio Procópio, vai a júri popular. A decisão é do juiz Ernani Scala Marchini, da Vara Criminal de Cornélio Procópio, e leva em conta o que foi pedido pelo Ministério Público.

O crime brutal, que chocou a cidade de 60 mil habitantes, é do dia 20 de dezembro do ano passado. Segundo as investigações, Laurindo teria atraído a vítima para o campus e, durante uma discussão, a assassinado com golpes de machadinha. Ferreira, que era diretor da UENP em Cornélio Procópio, chegou a ser socorrido para o hospital, mas morreu horas depois por conta da gravidade dos ferimentos. O acusado foi preso pela Polícia Civil no interior de São Paulo, para onde fugiu após cometer o crime. Laurindo Panucci Filho segue detido na Penitenciária Estadual de Londrina. A defesa tentou um habeas corpus no mês passado, mas o pedido foi negado pela Justiça.

O advogado Marcus Leandro Genovezi, que acusa como assistente de acusação no caso, espera que o suspeito vá a julgamento ainda este ano. A família, segundo ele, quer que o professor, já exonerado da função pública, seja condenado por homicídio triplamente qualificado.

Durante as audiências no Fórum de Cornélio Procópio, Laurindo alegou que chamou o superior pra conversar por conta de uma advertência que havia levado, e destaca que agiu em legítima defesa. As investigações, entretanto, apontam que o acusado teria planejado o crime e atacado a vítima de surpresa. Quem explica é o assistente de acusação.

Tentamos contato com a defesa do professor durante toda a manhã desta segunda-feira, mas não obtivemos retorno até o fechamento da reportagem.