QUINTA, 20/05/2021, 17:14

Quase 1.500 pessoas aguardam por cirurgias eletivas em Londrina e região

Número aumentou significativamente no último ano por conta da pandemia de coronavírus. Para diretor do Hospital da Zona Norte, apesar de importante, a retomada dos procedimentos é impensável no momento, uma vez que toda a estrutura hospitalar, desde profissionais a analgésicos, precisa estar disponível para o tratamento de pacientes Covid.

O número de pacientes aguardando por cirurgias eletivas em Londrina e região praticamente dobrou no último ano por conta da pandemia de coronavírus. O risco de contágio da doença fez o poder público suspender a realização dos procedimentos, o que aumentou ainda mais a fila de espera. Atualmente, segundo dados apurados pela CBN, 1.492 pessoas esperam por cirurgias nas cidades atendidas pelo Cismepar, o Consórcio Intermunicipal do Médio Paranapanema, que tem sede em Londrina. São procedimentos gerais, de ortopedia, otorrinolaringologia, entre outras especialidades. Nesta semana, a Prefeitura de Cambé chegou a enviar um ofício ao Governo do Estado pedindo pela retomada de procedimentos que não demandam leitos de UTI para serem realizados. Na solicitação, o município diz que é preciso fazer uma filtragem dos pacientes para atender aqueles que têm enfrentado muitas dificuldades por conta da falta de cirurgias. À CBN nesta quinta-feira (20), o diretor do Hospital da Zona Norte (HZN) de Londrina, responsável por receber os pacientes, Reilly Lopes, disse concordar com a importância da retomada, apesar de garantir que ela é impensável no atual momento. Ele lembrou que tanto o HZN quanto o Hospital da Zona Sul (HZS) são referência no tratamento de pacientes com coronavírus, e que as instituições continuam operando no limite para atender os infectados. Somente no Zona Norte, de acordo com o diretor, oito pacientes estavam intubados no pronto-socorro nesta quinta-feira (20) aguardando pela liberação de leitos de UTI. Lopes também teme que a possível retomada das cirurgias eletivas acabe com os estoques de analgésicos dos hospitais. Na avaliação dele, toda a estrutura precisa estar disponível das pessoas que correm risco de vida por conta da Covid-19.

Por Guilherme Batista

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