Quatro empresas apresentaram propostas na disputa pelo projeto de engenharia e restauração que deve culminar na duplicação da PR-445 entre o distrito de Irerê e o município de Mauá da Serra, num trecho aproximado de 50 quilômetros de rodovia. Estão dentro da disputa duas empresas brasileiras, a Engefoto e a Consórcio Prodec Unidec, e duas portuguesas, a Consórcio Viaponte Concresolo e a Consórcio Cobba Engevix. O projeto deve custar até R$ 5,6 milhões e ser custeado pelo BID, o Banco Interamericano de Desenvolvimento. A abertura dos envelopes com as propostas técnicas foi realizada na sala de licitações do DER, Departamento de Estadas de Rodagem, em Curitiba, durante a tarde desta terça-feira. A sessão durou cerca de quinze minutos. As propostas, agora, devem passar por uma análise rigorosa. Só depois disso, as empresas estarão liberadas para apresentar valores. Vence quem estiver dentro de todos os parâmetros e sugerir o menor preço.

Por meio da assessoria de imprensa, o DER informou que deve passar o próximo mês e meio fazendo a análise, que deve levar em conta três critérios: a experiência prévia da empresa, a qualificação dos profissionais participantes na elaboração do projeto e o plano de trabalho. O governo pretende concluir a licitação até março.

O projeto de engenharia e restauração vai ser dividido em dois subtrechos e deverá ser executado por uma única empresa. O primeiro trecho, que vai de Lerroville à entrada de Mauá da Serra, na BR-376, tem extensão de quase 27 quilômetros. Já o subtrecho dois, de 23 quilômetros, fica entre Irerê e Lerroville. Ainda segundo a assessoria, o projeto deverá conter estudos de tráfego, geológicos, hidráulicos, topográficos, entre outros, além de levantar quais trechos precisam de intervenções mais sérias, como retornos, alças de acesso e até viadutos. A duplicação até Mauá atende a um pedido antigo da sociedade civil organizada, que, há pelo menos quinze anos, espera por  readequações no trecho de pista simples da PR-445 que liga o norte do estado a Curitiba. Atualmente, o trecho de 17 quilômetros da rodovia entre a saída de Londrina e o distrito de Irerê está em andamento. A obra, que custou 93 milhões de reais aos cofres públicos, deve ser finalizada até outubro do próximo ano.

A intenção do governo é concluir a intervenção no trecho menor e já dar início à duplicação entre Irerê até Mauá. Em agosto deste ano, o secretário estadual de Infraestrutura e Logística, Sandro Alex, garantiu à CBN que a obra é uma das prioridades da administração do governador Ratinho Junior. Ele destacou, ainda, que o dinheiro para a obra já está reservado, mas, pelo acordo firmado com o BID, precisa ser utilizado até 2022.

A CBN também tentou contato com o secretário nesta terça-feira, logo após a conclusão da sessão, mas ele estava em reunião e não pôde atender. Por meio da assessoria, Sandro Alex se comprometeu a atender a reportagem na tarde desta quarta-feira.