Na semana passada, o reitor da UEL e outros representantes das Universidades estiveram reunidos na Assembleia Legislativa com o deputado estadual Tiago Amaral, relator do Orçamento e vice-líder do governo, para colocar as dificuldades financeiras das instituições, em função da aplicação da chamada Desvinculação da Receita de Estados e Municípios.

A DREM foi instituída por uma lei de 2016 e possibilita ao Governo a realocação de 30% das receitas relativas a impostos, taxas e multas de todas as autarquias. O reitor Sérgio de Carvalho classifica a DREM como mortal para as Universidades, diz que o relator do Orçamento foi sensível aos pedidos dos reitores e que a reunião também foi produtiva para os técnicos da Alep conhecerem, em detalhes, as dificuldades enfrentadas pelas instituições.

Na reunião também foi discutido o desequilíbrio financeiro causado pela obrigatoriedade de pagar condenações trabalhistas com recursos próprios das Universidades. No caso da UEL, segundo a Pró-reitoria de Administração e Finanças, em 2018 foram R$ 8,5 milhões, o correspondente a 45% da receita própria da instituição. Este ano já foram consumidos outros R$ 2,8 milhões entre pagamento de ações e bloqueios, aproximadamente, 60% das receitas próprias.

Outra frente de atuação dos reitores é em relação ao descontingenciamento de 20% do Orçamento das Universidades anunciado pelo Governo. A preocupação em relação às contas do segundo semestre existe e ainda é grande, mas segundo o reitor da UEL, houve avanços.

As dificuldades financeiras atingem também a Clínica Odontológica, o Hospital Veterinário e o HU, onde há duas semanas a superintendente da unidade comemorou a liberação de R$ 3,4 milhões do orçamento da instituição.