Robô que ajuda médicos a monitorar pacientes é apresentada em Londrina
Nos hospitais onde o robô Laura já foi instalado as mortes por sepse foram reduzidas em 63%.
Um alerta para a doença que, segundo estimativas, atinge 2 milhões e meio de pessoas por ano: a sepse ou infecção generalizada, como é mais conhecida. O evento “Londrina contra a Sepse” reuniu no hospital Evangélico, médicos e outros profissionais da área para discutir o assunto e apresentar uma novidade: a Robô Laura. De acordo com o analista de sistemas Jacson Fressato, criador do projeto, a tecnologia foi desenvolvida para detectar casos da doença e ajudar médicos e enfermeiros a monitorar os pacientes com mais segurança. O analista de Sistemas conta que está viajando por todo país para divulgar o projeto e destaca o baixo custo da robô. E ele diz que os resultados são animadores. Laura já conseguiu reduzir em 63% os casos de Sepse nos hospitais em que foi instalado.
Com a robô Laura é possível monitorar os pacientes em tempo real. Médicos, enfermeiros e outros profissionais têm mais informações e elementos para tomar decisões que podem salvar vidas. O objetivo do projeto da robô Laura é reduzir as mortes por Sepse no Brasil em 5% até 2020. O analista de sistemas começou a desenvolver a tecnologia depois de perder a filha Laura, de apenas 18 dias, por conta da doença.
A mortalidade da doença no Brasil é maior que a de países como Índia e a Argentina. A médica infectologista do hospital Evangélico, Fernanda Barroso, explica que Laura vai ajudar e muito os profissionais da unidade.
A infectologista explica que a Sepse é a principal causa de morte nas UTI’s brasileiras. São 250 mil por ano.
A Sepse é um conjunto de manifestações graves em todo o organismo da pessoa produzidas por uma infecção. E o mais preocupante é que 8 em cada 10 pessoas no mundo nem conhecem a palavra e o que ela significa.
Além da alta taxa de mortalidade, a doença representa um custo alto para a saúde, seja pública ou privada. Um paciente de Sepse internado em uma UTI tem um custo diário de US$ 934, e o tempo médio de internação é de 9 dias. As estatísticas revelam que 25% dos leitos de UTI no Brasil são ocupados por pacientes com Sepse.