SEGUNDA, 28/06/2021, 07:00

Safrinha do milho deve ter redução de quase 5 milhões de toneladas em relação ao ano passado

Perdas significativas no milho e no feijão, de acordo com Secretaria de Agricultura, são reflexo da longa estiagem e do frio em algumas regiões do estado.

O relatório mensal do Departamento de Economia Rural, da Secretaria Estadual de Agricultura, aponta que a safra de grãos 2020/2021 do Paraná deve ser de 38 milhões de toneladas. Um volume 8% menor que o produzido na safra anterior, apesar da área 3% maior. De acordo com a pasta, os números refletem os efeitos da longa estiagem, com perdas expressivas na segunda safra de feijão e no milho safrinha, insumo fundamental para o mercado de proteínas animais.

Em relação ao milho, a estimativa do Deral é de que a produção chegue a 9,8 milhões de toneladas, 19% menor que em 2019/2020, ou quase 5 milhões de toneladas a menos em relação à produção esperada. E boa parte dessa quebra, cerca de 1,8 milhão de toneladas, ou 37% do total ocorreu na região Oeste, principal produtora do grão no estado. Aqui na região Norte, que é a segunda maior área produtora do Estado, as lavouras foram plantadas mais tarde e pode haver uma certa recuperação, aponta o Deral.

O secretário Estadual de Agricultura, Norberto Ortigara, explica que as perdas também ocorreram em outros estados produtores do grão e quase comprometeram o abastecimento interno.

Segundo o Deral, as chuvas agora de junho ajudaram a estabilizar a condição da lavoura e a reduzir as perdas. Na semana passada, o preço da saca de 60 kg fechou em R$ 79,94, quase 13% menos que o valor de maio, em parte pela valorização do real.

Para o feijão, a estimativa é de uma produção de pouco mais de 270 mil toneladas. O que representa uma quebra de quase 50% em relação à projeção inicial, que era de 500 mil toneladas. Mais uma vez, resultado da redução das chuvas e das baixas temperaturas em maio.

Em contrapartida, os dados do Departamento de Economia Rural mostram que a área plantada com trigo cresceu no estado. Norberto Ortigara diz que se o clima ajudar, a safra pode ser até um pouco maior do que o previsto.

No caso do trigo, os produtores do estado receberam na última semana, em média, R$ 74,00 pela saca de 60 kg.

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